Marivaldo: “A escola é tudo para mim” from Ampliando Voces on Vimeo.
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[audio:Marivaldo.mp3|titles=Marivaldo]Voice: David Archer
Eu tive uma vida muito difícil. Não fui criado pelos meus pais. Sempre trabalhei pros outros, na roça, pois eu sou baiano. Há dois anos e meio cheguei a São Paulo. Por não ter estudado, entrei em uma empresa terceirizada de limpeza, mas ganho muito pouco e decidi sair para estudar. Comecei a estudar para fazer alguns cursos, ao menos como porteiro, pra que eu possa dar uma vida melhor à minha família. Principalmente porque eu tenho uma professora muito boa. Uma professora que sabe educar, sabe explicar. A escola, abaixo de Deus, é tudo pra mim.
Na Bahia, eu não achei oportunidade de estudar porque a escola ficava na cidade, que ficava longe e não tinha transporte. Então levei esse tempo todo sem estudar. Hoje, ao chegar aqui, que encontrei essa oportunidade.
Eu acho que, para quem deixou, começou ou parou, que recomece, retorne aos estudos, porque estudar é tudo na vida.
Eu acho que as pessoas têm que correr atrás de seus objetivos. Quem quer estudar, hoje tem muita oportunidade. Têm vários horários: de 18 horas às 20 horas, de 20 horas às 22 horas. Então há pessoa que não estuda se, infelizmente, não quiser.
Marivaldo Rodrigues de Souza, 43 anos, São Paulo, Brasil, 2011
ENGLISH TRANSLATION
I had a hard life. I was not raised by my parents. I’ve always worked for others, in the crop, because I’m from the State of Bahia. I came to São Paulo two years ago. Because I’ve never gone to school, I was hired by an outsourced cleaning company, but the salary is not good, and then I decided to quit and go to school.
(…) I started studying so I could go on some courses to work at least as doorkeeper, so I can provide my family with a better life. I have a very good teacher. A teacher that knows how to educate, she can explain the subject. God first, and then school is everything to me.
(…) In Bahia, I would not have the chance to study, because the school was in the city, which was far away, and there was no public transport. Then I took all this time to go to school. Now, when I got here, I found this opportunity.
(…) I think that whoever quits school should return, because school is everything in life.
(…) I think that those people should go after their goals. There are many opportunities to whoever wants to go to school. Many different times: from 6pm to 8pm, from 8pm to 10pm. Unfortunately, people only won’t go to school if they don’t want to.
Marivaldo Rodrigues de Souza, 43 years old, São Paulo, Brazil, 2011